sexta-feira, 27 de maio de 2011

GLOBALIZAÇÃO

Dois rios
um Anil
outro Bacanga,
de minha ilha,
desembocam no imenso mar
represado na Baía de São Marcos.

Dois rios com destino comum ao dos rios,
o de 
despejar suas  águas em outro,
alimentar corrégos que virarão rios,
poderosos hidrodutos a desembocarem no tigelão oceânico
para cumprir o ciclo das águas que é de ser chuva,
nuvem e gelo,
pois mirrados que são,
seus filetes não impedem o avanço das marés
e assim são invadidos rio a dentro
pelo murmúrio das ondas
que levam os barcos pesqueiros
para o Portinho, Madre Deus, Desterro,
Liberdade e Fé em Deus.

O imenso mar deita-lhes seus vazos capilares
até que o planeta se incline e o leve.
Quando ele se vai,
misturado ao sal de suas entranhas
vai um poquinho de Anil e Bacanga.

O FRUTO DA IRA É DOCE 

Um comentário:

  1. Poema lindo, Zé!!! E com uma forte inclinação pedagógica. Parabéns, mano. Vou usá-lo nas aulas de ciclo hidrológico. Valeu!!!

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