Dois rios
um Anil
outro Bacanga,
de minha ilha,
desembocam no imenso mar
represado na Baía de São Marcos.
Dois rios com destino comum ao dos rios,
o de
despejar suas águas em outro,
alimentar corrégos que virarão rios,
poderosos hidrodutos a desembocarem no tigelão oceânico
para cumprir o ciclo das águas que é de ser chuva,
nuvem e gelo,
pois mirrados que são,
seus filetes não impedem o avanço das marés
e assim são invadidos rio a dentro
pelo murmúrio das ondas
que levam os barcos pesqueiros
para o Portinho, Madre Deus, Desterro,
Liberdade e Fé em Deus.
O imenso mar deita-lhes seus vazos capilares
até que o planeta se incline e o leve.
Quando ele se vai,
misturado ao sal de suas entranhas
vai um poquinho de Anil e Bacanga.
O FRUTO DA IRA É DOCE
Poema lindo, Zé!!! E com uma forte inclinação pedagógica. Parabéns, mano. Vou usá-lo nas aulas de ciclo hidrológico. Valeu!!!
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