quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PEDRINHAS

Talvez o capitalismo seja
reflexo do que somos individualmente
e não o inverso.
Acredito ser verdade que
se nos mudarmos,
sa alterarmos caducas formas de ver e enfrentar a vida,
se efetivamente sairmos da barbárie,
se nossso imaginário for povoado de idéias eticamente válidas,
se ao animal
somarmos o verniz do sublime, mudaremos.
Caro Leitor
perdõe-me a inexatidão com que me exprimo,
posto que no ofício de poeta
as palavras primas, argamassa da poesia,
sujeitam-me ao sinal do signo.
Toda elevação humana é válida,
atingiremos por dentro o sistema
na bricolagem sociondividual
e assim transformados, transformar.
Há pequenas coisas a serem feitas.
Um forno em Pedrinhas,
para assar cerâmica trabalhada
por prisioneiros orientados por uma artista
que se ver obrigada a quebrar as peças manufaturadas
para reciclar o barro e manter os detentos
atentos ao descortinar do dia.
Falta forno. Falta barro.

O FRUTO DA IRA É DOCE

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